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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Na fila do pão

Que os alema são frios e distantes, todo mundo diz, não é nenhuma novidade.
A questão é que eu tenho me deparado com uma versão completamente diferente daquilo que sempre ouvi falarem sobre esse povo frio e que lembra o Hitler falando.  Os caras são gente boa, sim!

É claro que rola uma diferença enorme entre o brasileiro que faz amizade na fila do açougue...minha mãe, por exemplo, entra numa farmácia qualquer e em poucos minutos já sabe da hérnia de disco da filha da mulher que está aguardando na fila do caixa!  Aqui não é beeem assim...eu tenho me deparado com gente extremamente educada e que sorri ~de graça~ sim, não é a maioria, mas tenho encontrado.
A bem da verdade é que eu não sou o cara mais sociável do planeta e - pode ser o fator "turista" falando mais alto agora! - acho que até me identifico com esse negócio de cada um ser mais na sua.

Na semana passada, numa reunião da empresa, nos pediram pra formar um grupo.  Grupo formado: 3 alemas, 1 mexicano e eu.  Que o mexicano seria um cara legal, ninguém tem a menor dúvida...mas eu não esperava - mesmo, de verdade! - que os alemas nos chamariam pra jantar uma semana depois, porque queriam falar sobre a vida e diferenças culturais.  Um papo mega agradável regado à cerveja boa num ambiente muito amistoso.
Falamos de família, de amigos, de refugiados, de hobbies, de futebol (eu, menos, porque sei nada sobre futebol...), de política, de felicidade e zás!  E porra!  Os caras não me conhecem...não é o que se espera.
E terminou que virão aqui em casa já.  Meio insano, sabe?

Acho que estou começando a entender melhor que existem diferenças, mas não existe um Certo e Errado.  Um dos alemas disse que acha muito triste que o alemão não saiba "curtir a vida" como um latino e eu, respeitosamente, discordei dele.  Aqui estão as melhores cervejas do mundo, os melhores carros do mundo, uma sociedade desenvolvida e muito educada - terra de um mais famosos filósofos do mundo, Immanuel Kant -, isso também é ser feliz, mas de outro jeito.  A feição do alema até se iluminou quando eu disse isso, porque ele percebeu que o conceito de felicidade muda bastante de um lugar pro outro.

Nota de espanto: esse negócio de educação aqui passa do limite aceitável.  Descobri que os cachÓrros não latem porque eles VÃO À ESCOLA!  Isso mesmo!  O Rex vai pra escola aqui.  Chamam de Hundeschule (lê-se rúndechulê) e quer dizer "escola de cães", literalmente.  Só depois de ir pra escola, o cachorro pode sair pro mundo lá fora e se socializar com outros cachÓrros.
Olhaí a escolinha:

 
Desculpem o longo post.  Acho que tô mei pensativo hoje hauuhasuhuashaus

Aqui! Toma uma batata e vai ser feliz.
Tschüss!

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