Nem sei se a pergunta
é “como”, hoje eu me pergunto mesmo “porque eu trouxe essas pragas?”.
A verdade é que a
gente tem responsabilidade, mais do que “amor aos bichos”. Não temos filhos, mas é como se tivéssemos
com eles. O Gatin tá com a gente desde
2012 e a Margot desde 2014...não seria justo deixá-los. Ok, tudo muito bem explicado...a questão é
que querer trazer e conseguir trazer são coisas beem diferentes.
Antes do passo a passo
você precisa entender três coisas simples:
A primeira é: esteja pelo menos 5 meses adiantado à viagem
para a emissão de toda a documentação; ou seja, vai levar seus pets
com você, tipo, em 10/4 pra fora do Brasil?
Comece a correr atrás de tudo no começo de Novembro. Perdeu esse timing, começa a complicar, porque os bichos têm que ficar uns dias
“em observação” após a vacina para colher exame e até sair laudo e tudo mais...é
enrolado e pode dar merda!
A segunda é: tenha $$$dinheiro$$$ em caixa para fazer acontecer. Coisas de animais não são baratas e cada
visitinha no médico é uma paulada! Sem
falar de vacina, kennel, transporte no avião e panz!
A terceira é: toda vez que você ler isso “NOTA: Guarde esse documento como
se fosse a sua vida.”, acredite em mim.
Então o passo a passo
foi assim:
1) Procurar um veterinário que tenha
experiência com esse tipo de transporte.
A Lais encontrou o Dr.
Roberto, que é o dono da Clínica RMM na Aclimação em São Paulo. O Dr. Roberto é de uma família de
veterinários, tem bastante experiência, já mandou um monte de bicho pra várias
partes do mundo e nos orientou sempre – RECOMENDO! Se quiser saber mais sobre ele, o site é http://clinicaveterinaria.com.br/ e o endereço da clínica é Av. Lins de
Vasconcelos 1797, Aclimação, São Paulo. Perto do "A Chapa"!
O Dr. Roberto não é
barato mas é seguro – “cada escolha, uma
renúncia, isso é a vidaaa”. Não vai
achando que é levar os bichos no Jão da avícola da esquina que os bichos vão
entrar de buenas na Zoropa porque não vai rolar.
Eu também indico a
Dra. Kátia da clínica Bichos e Caprichos, que fica na Av. Capitão Casa 378 na
Vila Jerusalém. Não achei site, mas o
telefone é 11 43525461 – mas fale com a Dra. Kátia ou marque a consulta com ela
porque ela manja e/ou sabe quem manja.
2) Chipar os gatos
Sim, eles tiveram que
ser microchipados. O médico vem com uma
cânula bem fina e injeta um chip bem pequeno na nuca do gato. Eles não sentem dor porque é muito rápido e
muito pequeno.
Esse chip pode ser de
várias tecnologias, mas normalmente é Transponder, que é o que 100% dos aeroportos
usam para identificar os animais. Depois
de inserir, o médico nos deu uma ficha para cada um, com o número dos chips e
um certificado de microchipagem.
NOTA: Guarde esse documento como se fosse a sua
vida.
Com esse chip, você
tem acesso num site onde você edita informações do seu pet, pro caso dele se
perder, por exemplo e alguém devolver o infeliz para alguma autoridade...sei
lá. E o interessante sobre o chip é que
as vezes ele pode migrar...por exemplo, o médico colocou na nuca, mas o leitor reconhece
no abdome, por exemplo...não aconteceu com as nossas pragas, mas pode acontecer
com o seu.
Cada chip foi cerca de
R$450,00.
I told you...
3) A carteira de vacinação e a vacina
anti-rábica
A gente já tinha
vacinado os gatos antes do chip, eles tinham uma “carteira de vacinação” até
que mais atualizada que a minha, mas tivemos que vacinar de novo porque a
partir da microchipagem, toda vacina fica registrada no chip e o que se fez
antes não vale nada. Então o médico
chipou e vacinou em seguida – e lá se vai mais dinheeeeeiro!
A vacina que a rede
pública oferece no Brasil não serve neste caso, porque é preciso colar no cartão de vacina o lote, as informações do
fabricante e dos componentes da vacina.
É um adesivo que o médico
cola, data e assina em cima. Esse adesivo
só vem nas embalagens da Pfizer e demais fabricantes renomados...na rede
pública, eles te dão um cartão dizendo que o bicho tá imune e panz...não
serve. Esse adesivo vai ser utilizado
daqui a pouco.
Sabe a carteira de
vacinacão? Garanta que todos os dados estão corretos:
nome do animal, data de nascimento, proprietário e tudo mais.
NOTA: Guarde esse documento como se fosse a sua
vida.
Carteira feita,
adesivo colado. Vamos em
frente.
4) Sorologia
É preciso no mínimo dar um espaço de 30
dias pra fazer esse exame, a contar da data da vacina.
Essa foi a pior etapa
de todas. Depois de 30 dias da data
da vacina, voltamos à clínica do Dr. Roberto para fazer um “exame de sangue”
nos demônios. Foi traumático!
O médico não precisa
do sangue, propriamente dito, pro exame, mas apenas do soro. Daí ele tem que tirar o sangue, colocar numa
centrífuga e ele utiliza só a “água” que fica em cima da ampola para mandar pro
laboratório: essa água é o soro.
Pra tirar o sangue,
ele chamou um assistente e eu. Segurando
os gatos, um de cada vez, ele raspou uma parte pequena da perna da frente do
bicho e enfiou a agulha..aí foi um rebosteio só! O Gatin mordeu o médico, virou Jiraya!
Parecia o Taz no consultório!
Eu nunca tinha visto
ele daquele jeito.
Daí que se o bicho tá
nervoso, a pressão aumenta e o soro, mesmo depois de centrifugado, fica turvo
de sangue e não pode ser utilizado no exame.
Resultado: tivemos que ir num laboratório próximo pra uma médica
especialista tirar o sangue deles.
A Lais não foi, então
era eu, a Margot e o Gatin, e o assistente do Dr. Roberto. Sentei e esperei chamar. Chamou, entraram na sala a médica, uma
assistente da médica, o assistente do Dr. Roberto, eu e os gatos.
A médica me disse que tiraria o sangue da
jugular dos gatos (ISSO! DO fucking PESCOÇO
DOS GATOS!). Perguntei a ela seu poderia
filmar e ela deixou \o/
Não vou postar aqui porque é mei triste /o\
Ni qui os
assistentes seguram o gato, a médica mantém uma seringa com uma agulha bem fina
nos lábios dela mesma (tipo um canudo, manja?).
Ela apalpa o pescoço do Gatin até achar a artéria e zás! Põe a agulha com
cuidado na jugular do bicho. Como um
milagre, o sangue jorra pra dentro da agulha e em cerca de 10 segundos ela
termina. Ele nem chorou e eu fiquei lá, filmando, com dó e com cara de besta.
Aí foi a Margot. Mesmo processo e talz. Só que a Margot tem um terço do tamanho do
Gatin, ela é pequena pra caramba...quando a médica colocou a seringa, o sangue
não saiu :(
Aí não tinha jeito...a
médica tinha que mexer a agulha até que acertasse no local onde o sangue
saísse, e enquanto ela mexia a agulha, a Margot chorava e tentava se mexer COM
A FUCKING AGULHA CRAVADA NO PESCOÇO!
Poutz,
eu fiquei em pânico e agradecido pela Lais não ter ido! Mas terminou que não durou 30 segundos, achou
logo a veia, tirou o sangue e pronto.
Daí ela foi e
centrifugou e tava bem limpinho! Dava pra usar no exame!
Voltamos no Dr.
Roberto. Ele preencheu um formulário bem
detalhado com TODOS os dados do gato (chip, cor, idade, nome, número e série, CPF do gato, nome da tia do gato, etc etc), da vacina que foi
aplicada (ele copia do cartão de vacina o lote, o fabricante, a data de
validade e a composição da vacina), e só o nome do proprietário (colocamos no
nome da Lais). Ele confere com a gente e
panz.
A coleta ele faz, mas
o exame é feito (era, pelo menos) por apenas um laboratório no Brasil, que fica
em SP. A lista de laboratórios
habilitados pela União Européia fica nesse site: http://ec.europa.eu/food/animal/liveanimals/pets/approval_en.htm
Um mês depois ele nos ligou e disse que o exame foi satisfatório. Em alguns casos, não é, daí precisa vacinar
de novo e fazer o exame de novo. E pagar
de novo!
Fomos a clínica e pegamos
o laudo do exame de titulação de anticorpos neutralizantes para a raiva.
NOTA: Guarde esse documento como se fosse a sua
vida.
O exame custou
R$600,00 por animal.
Agora
você precisa ter a data da sua viagem marcada.
5) A Vigilância Sanitária e a marcação da data
Todos os aeroportos
internacionais no Brasil têm uma sala da Vigiagro, que é o órgão do Ministério
da Agricultura que fiscaliza entrada, saída e passagem de animais, plantas e
etc no Brasil. Nós viajaríamos no dia 3/1/2016,
um domingo, do aeroporto de Guarulhos, e chegaríamos em Hannover na Alemanha na
tarde do dia 4/1/2016, segunda-feira.
No site do aeroporto de Guarulhos achamos o telefone do Vigiagro (Sigla de “Vigilância
Agropecuária”). Aí, cerca de 25 dias
antes da viagem, a Lais começou a ligar pra marcar. Quer dizer, a tentar ligar.
Eles não
atendem o telefone porque serviço público no Brasil é issae...depois de 3 horas
tentando sem parar, a Lais conseguiu marcar – e ainda teve que brigar, porque
eles querem que você marque, tipo, dez dias antes...como achávamos muito em cima
da hora, inventamos lá uma desculpa e conseguimos uma data: 30/12/2015.
O ministério emite um
documento chamado CZI: Controle de Zoonoses Internacional. O CZI
válido por 5 dias – só 5 dias! – a partir da data de emissão. A gente tinha um problema, então, porque eles
emitiriam o documento com data de 30/12 e eu entraria na Alemanha no dia 4/1 –
5 dias corridos. Alguém poderia
encrencar com a gente por causa disso.
Mas também não tinha muito o que fazer...31/12 era véspera de feriado
(Vigiagro só até meio dia), 1/1 feriado (Vigiagro não abre), 2 e 3/1 era sábado
e domingo (Vigiagro não abre) então ou era com data de 30/12 mesmo ou não era e
ponto.
Além disso, vale o lembrete: só pode emitir o CZI depois de 90 dias a
contar da data da coleta do sangue para a sorologia.
6) O atestado de saúde
Com a data marcada no
Vigiagro, fomos ao médico de novo com toda a documentação (carteira de
vacinação, certificado de microchipagem e laudo do exame) de cada gato. O médico examinou os gatos, deu um vermífugo
e passou um anti-pulgas e emitiu um atestado de saúde pra cada bicho. Com bastante cuidado ao preencher, pra deixar
tudo certinho, ele nos deu o atestado de saúde assinado e datado com a data do
dia 30/1.
Sabe esse atestado de
saúde? Ele vale por 72 horas para que você possa apresentá-lo ao Vigiagro. Sem choro, negão!
NOTA: Guarde esse documento como se fosse a sua
vida.
7) A ida no Vigiagro: emissão do CZI
30/1 as 9h40m no
terminal 3 do aeroporto de Guarulhos, atrás da Casa do Pão de Queijo.
Estávamos lá, a Lais e eu.
Os
gatos não precisaram ir. Levamos todos
os documentos dos gatos. Prestenção: carteira de
vacinacão, certificado de microchipagem, laudo do exame e atestado de saúde MAIS duas cópias simples de cada
documento. Imagina a pasta!
Nos atenderam. A menina confere tudo e pede pra preencher um
formulário lá. Tudo certo e preenchido,
cópias em mãos, ela confere tudo e diz:
- OK, podem vir buscar
amanhã até meio dia.
A gente morava em SBC
e teve que ir na quarta-feira, 30/12 pro aeroporto. Agora ela queria que a gente voltasse pra
Guarulhos no dia 31/12, véspera de ano novo, até o meio dia!
É sacanagem, né? Não, não era.
A gente até pediu pra esperar, mas era 10h e ela disse que podia ser que
às 16h estivesse pronto...mas sem garantias.
Daí voltamos pra casa.
No dia seguinte,
estávamos lá e nos deram o CZI assinado.
É um documento mega complexo em portugês, inglês e alemão (pro caso da
União Européia, não sei como é pra outros países). Nele, tem todos os dados dos bichos, das
vacinas, dos exames e várias assinaturas do médico veterinário homologado pelo
ministério da Agricultura. A data do
documento era 30/12 com validade de 5 dias.
Sabe o CZI?
NOTA: Guarde esse documento como se fosse a sua
vida.
8) O kennel, um dossiê e o dia da viagem
Nossa decisão foi de
despachar os bichos pro porão, porque foi uma decisão racional e não
emocional.
O voo de SP pra Munique é
longo, são 12 horas! Imagina se o Gatin
faz cocô lá e começa a feder ou se a Margot desata a miar no meio da
madrugada...!
Não queríamos incomodar
ninguém.
Além disso, a gente se informou
com a companhia aérea sobre o compartimento para eles no porão. A Lufthansa do Brasil nunca teve sequer um
caso de extravio de animais despachados!
O local onde eles ficam no porão é pressurizado e climatizado, além de
ter luz baixa pra deixá-los mais calmos.
Porra, a Lufthansa carrega até os cavalos das Olimpíadas...daí ficamos
bem mais tranquilos!
Compramos uma caixa de
transporte pra cada gato. A caixa tem
que ser grande suficiente pro animal ficar em pé sobre as quatro patas e se
virar confortavelmente. A caixa era tipo essa:
Essas caixas
ficaram abertas em casa por quase dois meses para eles se acostumarem e isso
deu certo! Compramos um tapete
absorvente pra colar no fundo e forramos com um cobertor que era deles.
Colamos etiquetas de “This side Up!” e “Living Animals!” no topo e por fora da caixa.
Pegamos dois sacos
plásticos herméticos (sabe aqueles de cozinha, onde cabe tipo uma maçã dentro e
tem um fecho hermético?) e colocamos dentro uma cópia de cada documento (carteira de vacinacão, certificado de
microchipagem, laudo do exame e atestado de saúde e CZI), um papel com todos os dados dos vôos e destino final, os dados da Lais
e mais uma foto de cada gato.
Fechamos e fixamos o saco plástico na alça da caixa. Vai que o bicho se solta da caixa e
some? Ou vai que se extravia a
bagagem...ali, pelo menos, tinha tudo que seria necessário caso ocorresse algum
problema no transporte porque nós não teríamos acesso a eles até o último
aeroporto.
O Dr. Roberto tinha
pedido pra eles ficarem de jejum por 12 horas antes do voo. Nosso voo era as 19h. Acordamos cedo e deixamos comer, demos
petiscos e panz e retiramos a comida...a partir daí foi só água mineral e água
de coco. Meia hora antes de sair de
casa, minha irmã e a Lais pegaram os gatos e deram uma xícara de café de água
de coco para cada um – seguindo as recomendações do Dr. Roberto.
Colocamos os gatos
cada um na sua caixa e fomos pro aeroporto, sem lacrar ainda.
Lá, no guichê de
despacho, a companhia aérea pesou as caixas e mediu as dimensões. Daí o atendente nos deu um papel e pediu que
fôssemos pagar pelo despacho no balcão de compra.
O custo de despacho foi US$200,00 por gato.
Eu, no aeroporto.
Dinheirama paga,
voltamos pro guichê e o atendente identifica as caixas, cola etiquetas de
“carga frágil” e talz. A Lais lacrou as
caixas com aqueles lacres de plástico (eu chamo de “engasga gato”), colocando
um lacre em cada ponta da porta da caixa, de maneira que seria impossível que
os gatos arrebentassem a porta e fugissem. A caixa tem buraquinhos específicos pra isso perto da porta.
Não colocamos água nem comida dentro da caixa
porque o Dr. Roberto disse que não era necessário.
Daí o atendente nos pediu pra despachar os
bichos manualmente numa área de “despacho de bagagem sensível” do aeroporto de
Guarulhos. Ele também me disse que em
momento algum os gatos passariam por esteiras automáticas...todo o transporte
deles seria manual, até a entrega final para o proprietário.
E aí eu os entreguei
pro funcionário do aeroporto e eles se foram.
Nós só os veríamos de novo na tarde do próximo dia, sem saber o estado
em que se encontrariam – ou mesmo se estariam vivos!
A Lais no aeroporto.
8) Durante os vôos
Nós saímos de São
Paulo no dia 3/1 as 19h e de lá fomos pra Munique, pra pegar um outro voo pra
Hannover. Chegaríamos em Hannover às 13h
do dia 4/1. Não teríamos contato com as bagagens e, portanto, com os
gatos – era esperar pra chegar em Hannover.
Tanto no voo de SP pra
Munique quanto no de Munique pra Hannover, eu pedi pra tripulação
certificar-se com o capitão de que havia dois animais vivos no porão e pedi pra
regular a luz e a temperatura pra eles.
A tripulação falava com o capitão na nossa frente e dizia que estava
tudo certo. Um dos comissários até me
disse:
- Eu falei com o
pessoal da bagagem e os gatos estão felizes lá embaixo!
Isso nos deixou mais
tranquilos durante os voos.
9) A chegada no aeroporto final e entrega das
pestes
Dez minutos depois que
chegamos na esteira das malas, nossas malas já estavam conosco. Mas os gatos não!
Todo mundo já tinha retirado as malas e
ficamos eu e a Lais na área de retirada de bagagens esperando que alguém nos
trouxesse os corpos mortos-gelados-sem vida dos gatos. Mas não foi isso que aconteceu!
Abriram uma porta lá e
um senhor colocou as duas caixas de transporte no chão. Com os gatos devidamente vivos e muito bem,
obrigado!
O Gatin tinha mijado
na caixa, mas pareciam bem sim...nem tão assustados eles estavam. Foi um alívio ver que estavam bem e estavam
ali com a gente.
Percebemos que os
lacres de plástico haviam sido removidos e havia uma etiqueta amarela de
inspeção em Munique. Ou seja, alguém cortou os lacres e abriu as caixas
deles – e provavelmente os retirou e panz – no aeroporto anterior. Como todas as documentacões originais estavam
com a gente mas cópias estavam nos
dossiês atrelados nas caixas, eles devem ter ficado satisfeitos com as
cópias apenas, porque ninguém nos pediu
documento algum deles no aeroporto de Hannover.
A foto abaixo é da caixa da Margot com o dossiê e todas as etiquetas. Repare na etiqueta amarela: essa foi colocada pela vigilância de Munique.
Daí foi pegar um táxi
e ir pra casa! Com gato e tudo!
Simples e barato né?
Então eu copiei (e adaptei levemente...hahaha) o timeline que a Debora, do site www.pequenosmonstros.com, criou e espero que ela não fique puta da vida comigo por ter copiado aqui:
+++++++++++++++++++++++++++++++
O que quase deu errado...
A carteira de
vacinação do Gatin era de 2012 e na época o nome dele era Diego.
Quando mudamos o nome dele pra Gatin, a
menina da clínica onde a gente levava pra vacinar passou branquinho no “Diego”
e escreveu na frente “Gatin”. Até aí,
beleza! Quem é que saberia que o bicho
ia se internacionalizar três anos depois?
A merda é que a rasura poderia ter sido questionada no Ministério da
Agricultura, porque é um documento oficial original rasurado...e aí é o
seguinte:
Não dava pra “descolar
a etiqueta” da vacina anti-rábica dessa
carteira e fazer uma outra porque a gente ficou com medo de rasgar a etiqueta
ou aparecer aqueles “violado” manja? E
os dados e data da vacina que estava na carteira tinha que bater com a data do
exame que tinha sido feito e continha todos os dados da vacina, manja? Era um problemáásssso!
O que a gente fez foi
emitir uma declaração no nome do proprietário – no caso, no nome da Lais –,
com todos os dados, inclusive o número do chip do Gatin, declarando que a
rasura havia sido feita às vistas do proprietário e por pedido do mesmo. Daí a Lais assinou “em testemunho da
verdade”, reconhecemos firma e pedimos pro Dr. Roberto assinar como “médico
atual do animal” e pra Dra. Kátia assinar como “responsável pela clínica que
efetuou a rasura”. Eles foram super
legais, assinaram, dataram e carimbaram com o CRM-V deles e ficamos
“protegidos”.
Na hora, o Ministério
nem falou nada, mas poderia ter dado errado e ele poderia não ter vindo por
causa de uma rasura de branquinho...
+++++++++++++++++++++++++++++++
Dicas:
Não sabe quando o bicho nasceu? É fácil,
pergunta pra mãe dele!
Besta, faz assim:
coloque uma data “mais ou menos” e mantenha essa data em todos os
documentos. E quando chegar nessa data,
compre um bolo da Sodiê e cante parabéns pro seu bichinho porque né!...
Achou tudo caro? Eu também.
Por isso a gente se planejou e juntou dinheiro pra fazer tudo. Deve ter ficado bem uns 3,5 pau pros dois,
com tudo. É caro sim!
Se o proprietário na carteira de vacinação
é a Dona Chica, é a Dona Chica que deve constar nos outros documentos como
proprietária: certificado de microchipagem, CZI, exame, etc. Alguns documentos, como o laudo do exame, não
trazem informação nenhuma do proprietário, apenas o nome. Assegure-se que está tudo batendo.
Os links são:
A clínica do Dr.
Roberto: http://clinicaveterinaria.com.br/
Esse artigo que eu
achei: http://www.aeroportoguarulhos.net/dicas-de-viagem/como-levar-animais-de-estimacao-em-viagens-de-aviao
Esse post da Debora
que ajudou muito a gente: http://www.pequenosmonstros.com/2014/05/como-levar-animais-para-a-uniao-europeia/
Desculpe pelo post
enorme. Espero que isso ajude alguém que
queira levar os pets pra viajar!
Aqui, toma essa pêra
de presente.
Tschüss!
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